Poema (Protegidos por direitos autorais)
"Neste vale de lágrimas onde meus tormentos se escondem.
Onde minha alma habita.
Sofre por algo que desconhece, mas sabe que existe e que está alí.
O perfume que exala das flores, adormece meus sentimentos e faz com que eu me sinta no paraíso.
Mas é mera ilusão, tudo é uma quiméra.
Cada gota de chuva que toca o solo, cada ruído que ouço, são apenas lembranças reprimidas, lutando para vir a tona e reinar sobre essa realidade inexistente.
Adormeço, sonho, acordo.
Repito-o numa infindável sequência até que meus desejos torna-se algo inatingível.
Então, percebo que sou apenas um mero espectador de um palco que não tem platéia." R.S
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"Corpos que me cercam, vorazes como lobos.
Lutam por carnes.
Tolos são!
Como grãos de poeira ao vento,
desaparecem no tempo.
Quanta tristeza!
Pois amar, nem sabem mais,
viver é uma quiméra.
E na busca de seus devaneios,
perdem-se nos seus desesperos." R.S
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Auto-retrato
" Nas lágrimas da noite escura.
Na solidão dos errantes.
Nasci, como semente da eternidade.
Brotei, solitário em meio ao nada.
Fui criado nos prazeres mortais
sem saber que sou puro-sangue.
O tempo curou minhas feridas,
pois me foi negado a luz do dia.
Lutei, com todas as minhas forças,
pela minha sobrevivência.
Escondido sob o manto noturno,
torturei-me por ser diferente.
Nas noites frias de inverno,
chorei por não ser aquecido.
Mas jurei, por tudo que passei,
cada lágrima derramada,
um dia será vingado.
Os anos se passaram,
o sofrimento acabou.
Continuo jovem e belo,
pois sei quem sou.
Os que outrora me julgaram,
hoje sentam ao meu lado.
Cria-se um espetáculo,
e não existe mais o passado." R.S
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